PERCEPÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS DE CAMPINÁPOLIS (MATO GROSSO) SOBRE A BRUCELOSE BOVINA
Resumo
A brucelose é uma enfermidade transmissível, de caráter crônico, causada por bactérias do gênero Brucella, as quais infectam diversas espécies de animais, bem como o ser humano. O agente da doença é uma bactéria gram negativa, pertencente ao filo Proteobacteria, da classe Alphaproteobacteria, na ordem Rhizobiales, na família Brucellaceae e no gênero Brucella. É uma doença de caráter infectocontagioso, sendo a mais encontrada nos bovinos a Brucella abortus (MEGID; MATHIAS, 2016).
Segundo Poester et al. (2009) a brucelose em bovinos está associada principalmente a problemas reprodutivos como abortamentos, nascimento de crias fracas e baixa fertilidade, acarretando em prejuízos a pecuária. O microrganismo pode ser disseminado da fonte de infecção por várias vias como, sangue, urina, sêmen, descargas vaginais, fetos abortados e principalmente placentas, a eliminação da B. abortus ocorre, especialmente, após o parto ou abortamento (MEGID; MATHIAS; ROBLES, 2010). Contudo as fêmeas abortam, em geral, apenas no primeiro parto após a infecção, sobretudo os animais continuam eliminando a bactéria pelo leite e por descargas uterinas de modo assintomático nos próximos partos da sua vida reprodutiva (MEGID; MATHIAS, 2016).
A brucelose bovina provoca grande impacto nos setores produtivos tanto de leite quanto de carne, sobretudo, nas exportações destes produtos para outros países. Dados oficiais relativos à frequência da brucelose bovina, revelam que a doença está presente em todo o território nacional, trazendo muitos prejuízos para os produtores e também para todo o mercado econômico (BEER, 1998). Segundo Santos et al. (2013) as perdas devidas à brucelose bovina no Brasil foram estimadas em R$ 420,12 ou R$ 226,47 para cada fêmea infectada acima de 24 meses de idade em rebanhos de leite ou corte, respectivamente.
O meio de transmissão mais comum para os humanos ocorre pela ingestão de leite cru, produtos lácteos não pasteurizado provenientes de animais infectados, contato direto com a pele, manipulação de resto planetários e fetos abortados. As principais pessoas que podem ser infectadas pela bactéria são os médicos veterinários, tratadores, ordenadores, funcionários de fazenda que realizam partos sem o uso de EPIs, e até mesmo os pequenos produtores que realizam todo o serviço dentro da sua propriedade (MEGID; MATHIAS, 2016).
Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi de investigar as informações que os produtores rurais têm sobre a cadeia epidemiológica da brucelose, conhecer as medidas de prevenção e controle que são adotadas pelos produtores rurais, propor medidas de educação sanitária para a redução dos casos da doença na região.
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