influência da obesidade na gestação
Resumo
A alta prevalência da obesidade a nível mundial tomou-se um importante desafio para a saúde pública. Está prevalência tem aumentado drasticamente em mulheres em idade fértil. No entanto o peso pré-concepcional é um importante indicador do peso gestacional e do impacto a saúde materna e fetal visto que quando grávidas aquelas com um maior Índice de Massa Corpórea (IMC) podem ter ganho de peso superior ao recomendado e filhos mais pesados. A obesidade na gravidez aumenta a quantidade de eventos adversos para o neonato tais como alterações no crescimento e ainda a incidência de doenças crônicas (SEQUEIRA et al, 2013). Mesmo que o sistema imunológico do feto seja programado para coexistir com influências antigênicas do útero, após o nascimento, existe a possibilidade de condições genéticas e ambientais da mãe que podem moldar e direcionar a trajetória do sistema imunológico do feto, da infância até a idade adulta. Assim devido a capacidade de adaptação e desenvolvimento do sistema imunológico no início da vida, intervenções destinadas a modular essa trajetória, podem reduzir consideravelmente a possibilidade de desenvolvimento de doenças. Assim compreender o desenvolvimento do sistema imunológico do feto se torna uma oportunidade para intervir nas situações de vulnerabilidade que envolvem o neonato (GOENKA et al, 2015). Durante a gravidez o feto recebe da placenta materna anticorpos do tipo IgG com capacidade para combater infecções, essa imunidade considerada passiva é importante para a adaptação do neonato no meio extra-uterino visto que possui a capacidade de combater agentes infecciosos, pois o feto recebe a experiência imunológica da mãe (FRANÇA et al, 2012). Com isso, existe uma influência das dietas ricas em gordura durante a gravidez sobre a síntese de hormônios que se desenvolve durante o estágio embrionário, em especial sobre a desregulação de leptina, o qual se torna um importante preditor para doenças cardiometabólicas no futuro, mas ainda assim os efeitos da obesidade na gravidez e pós-parto ainda não estão totalmente esclarecidos, devido a forte interação do sistema imunológico materno com o do feto e ou recém-nascido (RIBEIRO et al, 2015). O feto adquire imunidade passiva através da placenta com a imunoglobulina G, e pelos componentes celulares do colostro, principalmente os linfócitos, os quais são fundamentais para a adaptação do recém-nascido ao meio externo (SOUZA et al, 2015, HLAVOVA et al, 2014). Identificar as características socioeconômicas e epidemiológicas de gestantes com obesidade, demonstrar as características que contribuem para a obesidade, evidenciar a importância do planejamento familiar é analisar as características epidemiológicas prevalentes entre o grupo de gestantes com obesidade.
Os direitos de autoria dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, com a revista detendo os direitos de primeira publicação. Devido à sua disponibilidade em uma revista de acesso público, os artigos estão disponíveis para uso gratuito em contextos educacionais, práticos e governamentais, com atribuições apropriadas. É essencial conceder o devido crédito aos autores e à fonte, incluir um link e indicar se ocorreram modificações. Nestas circunstâncias, não é necessário obter permissão dos autores ou editores. Os autores têm a liberdade de estabelecer acordos adicionais independentes para a distribuição não exclusiva da versão publicada deste trabalho, como a publicação em um repositório institucional ou a inclusão em um capítulo de livro.