influência da obesidade na gestação

  • Laura Grazielle Almeida Bezerra
  • Carla Roberta Silva Souza Antônio
Palavras-chave: Obesidade

Resumo

A alta prevalência da obesidade a nível mundial tomou-se um importante desafio para a saúde pública. Está prevalência tem aumentado drasticamente em mulheres em idade fértil. No entanto o peso pré-concepcional é um importante indicador do peso gestacional e do impacto a saúde materna e fetal visto que quando grávidas aquelas com um maior Índice de Massa Corpórea (IMC) podem ter ganho de peso superior ao recomendado e filhos mais pesados. A obesidade na gravidez aumenta a quantidade de eventos adversos para o neonato tais como alterações no crescimento e ainda a incidência de doenças crônicas (SEQUEIRA et al, 2013). Mesmo que o sistema imunológico do feto seja programado para coexistir com influências antigênicas do útero, após o nascimento, existe a possibilidade de condições genéticas e ambientais da mãe que podem moldar e direcionar a trajetória do sistema imunológico do feto, da infância até a idade adulta. Assim devido a capacidade de adaptação e desenvolvimento do sistema imunológico no início da vida, intervenções destinadas a modular essa trajetória, podem reduzir consideravelmente a possibilidade de desenvolvimento de doenças. Assim compreender o desenvolvimento do sistema imunológico do feto se torna uma oportunidade para intervir nas situações de vulnerabilidade que envolvem o neonato (GOENKA et al, 2015). Durante a gravidez o feto recebe da placenta materna anticorpos do tipo IgG com capacidade para combater infecções, essa imunidade considerada passiva é importante para a adaptação do neonato no meio extra-uterino visto que possui a capacidade de combater agentes infecciosos, pois o feto recebe a experiência imunológica da mãe (FRANÇA et al, 2012). Com isso, existe uma influência  das dietas ricas em gordura durante a gravidez sobre a síntese de hormônios que se desenvolve durante o estágio embrionário, em especial sobre a desregulação de leptina, o qual se torna um importante preditor para doenças cardiometabólicas no futuro, mas ainda assim os efeitos da obesidade na gravidez e pós-parto ainda não estão totalmente esclarecidos, devido a forte interação do sistema imunológico materno com o do feto e ou recém-nascido (RIBEIRO et al, 2015). O feto adquire imunidade passiva através da placenta com a imunoglobulina G, e pelos componentes celulares do colostro, principalmente os linfócitos, os quais são fundamentais para a adaptação do recém-nascido ao meio externo (SOUZA et al, 2015, HLAVOVA et al, 2014). Identificar as características socioeconômicas e epidemiológicas de gestantes com obesidade, demonstrar as características que contribuem para a obesidade, evidenciar a importância do planejamento familiar é analisar as características epidemiológicas prevalentes entre o grupo de gestantes com obesidade.

Biografia do Autor

Laura Grazielle Almeida Bezerra

Acadêmico do curso de Enfermagem 5º Ano

Carla Roberta Silva Souza Antônio

Docente orientador no Centro Universitário do Vale do Araguaia

Publicado
2020-11-28