Utilização de medicamentos na gestação e lactação em Barra do Garças -MT
Resumo
O aleitamento materno é essencial para a saúde e o desenvolvimento da criança, sendo que o mesmo é abundante do ponto de vista nutricional possuindo ainda substancias imunoativas muito importantes. A maioria dos medicamentos é compatível com a amamentação. Já outros requerem uma atenção maior ao serem prescritos durante esse período, por ter riscos e efeitos adversos nas lactantes e nas crianças.
Já a placenta concede a passagem de alguns medicamentos utilizados na gestação para o feto, pelo caminho do oxigênio e dos nutrientes necessários para o crescimento e o desenvolvimento do mesmo. Sendo que no primeiro trimestre da gestação pode ocorrer o maior risco de ação teratogênica para o feto, por ser a fase onde ocorrem as principais transformações embriológicas. Assim, a administração de medicamentos durante o período embriogênico deve ter uma atenção maior.
Em 1975 a agência americana FDA (Food and Drug Administration), adota a uma classificação de medicamentos, que associa os riscos que podem ser gerados durante a gravidez e lactação, que são classificados em cinco categorias (A, B, C, D e X), de forma em grau de riscos à gestação. Na categoria A não há evidência de risco em mulheres. Os estudos não revelam problemas em nenhum período gestacional. Na categoria B não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez. Na categoria C não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais no feto, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez. Na categoria D Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possam utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
A preocupação com a segurança dos medicamentos utilizados na gestação ganhou destaque após o acidente ocorrido com a talidomida. Com base nisso, começaram a exigir estudos para garantir essa segurança (MENGUES et al., 2001). Estima-se que o risco de malformações congênitas na população geral é de um a dois por cento, sendo a segunda causa de mortalidade infantil. No Brasil, cerca de 2,0 a 5,0% dos recém-nascidos apresentam algum tipo de anomalia congênita (CHAVES, 2017).
A Automedicação ocupa um importante lugar no sistema de cuidados da saúde. Com a falta de informação e conhecimento sobre a utilização de medicamentos nos períodos de gestação e lactação, que podem oferecer riscos para o desenvolvimento do feto e das crianças que recebem leite materno.
Objetiva- se com esse estudo explorar o entendimento das gestantes e lactantes sobre o uso de medicamentos, assim identificando quais as classes de medicamentos mais utilizados, sondar sobre a automedicação entre elas, dessa forma associar o grau de escolaridade com o conhecimento sobre os medicamentos.
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