Repercussão animal no desenvolvimento infantil de crianças com autismo

  • Brendha Farias Santiago
  • Andresa Gonzales
Palavras-chave: Interação social, Neurodesenvolvimento, TEA

Resumo

Grande parte da sociedade tem uma imagem de autista como “antissocial, alienado e quieto”. O que muitos não sabem é que cada caso é um caso, ou seja, existem variações em sua forma de manifestação. Essa visão fechada dos comportamentos desconsidera a singularidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não se classifica como uma doença mas sim como um transtorno já que seu gene causador ainda é desconhecido (CAMPOS; PICCINATO, 2019).

O TEA identifica uma condição neurodesenvolvimental, tendo como características déficits persistentes na comunicação e interações sociais. Compreende-se um complexo distúrbio do desenvolvimento neurobiológico, que apresenta seus sinais geralmente nos primeiros 2 anos de vida, com comprometimento em três aspectos centrais: comunicação verbal e não verbal, interação social e padrões de comportamento característicos, que tendem a ser repetitivos e ritualísticos. Ainda assim, ressalta-se que as alterações podem variar quanto ao grau de acometimento (CARVALHO-FILHO et al., 2018).

O tratamento direcionado para o indivíduo com TEA é multidisciplinar, que deve perpassar em todas as áreas que a criança apresentar um déficit, podendo necessitar de acompanhamento com: neurologistas, psiquiatras, psicólogos, pediatras, pedagogos, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta em caso de apresentar alguma mobilidade física prejudicada, dentre outros. Alguns recursos que podem ser utilizados para auxiliar nesse tratamento são a arte terapia, musicoterapia e a terapia assistida por animais.

No âmbito da psicologia e da reabilitação acredita-se que o trabalho através dos múltiplos recursos que a interação com o animal proporciona, gera ganhos psíquicos e físicos, amplia o campo de trabalho do Psicólogo, além da experiência interdisciplinar.  Na década de 1960, Boris Levinson descreveu sobre o uso dos cães e seus efeitos benéficos em tratamento psicológicos, surgindo oficialmente, a Terapia Assistida por Animais (TAA) (DOTTI, 2005).

Assim, este trabalho tem como objetivo geral compreender o impacto dos animais no desenvolvimento de crianças com autismo, bem como definir e diferenciar os graus do Transtorno do Espectro Autista; Conhecer a importância dos animais no desenvolvimento infantil; Identificar os benefícios advindos dos animais para crianças com autismo.

Biografia do Autor

Brendha Farias Santiago

Acadêmico do curso de Psicologia

Andresa Gonzales

Docente orientador no Centro Universitário do Vale do Araguaia

Publicado
2020-11-28