Repercussão animal no desenvolvimento infantil de crianças com autismo
Resumo
Grande parte da sociedade tem uma imagem de autista como “antissocial, alienado e quieto”. O que muitos não sabem é que cada caso é um caso, ou seja, existem variações em sua forma de manifestação. Essa visão fechada dos comportamentos desconsidera a singularidade do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não se classifica como uma doença mas sim como um transtorno já que seu gene causador ainda é desconhecido (CAMPOS; PICCINATO, 2019).
O TEA identifica uma condição neurodesenvolvimental, tendo como características déficits persistentes na comunicação e interações sociais. Compreende-se um complexo distúrbio do desenvolvimento neurobiológico, que apresenta seus sinais geralmente nos primeiros 2 anos de vida, com comprometimento em três aspectos centrais: comunicação verbal e não verbal, interação social e padrões de comportamento característicos, que tendem a ser repetitivos e ritualísticos. Ainda assim, ressalta-se que as alterações podem variar quanto ao grau de acometimento (CARVALHO-FILHO et al., 2018).
O tratamento direcionado para o indivíduo com TEA é multidisciplinar, que deve perpassar em todas as áreas que a criança apresentar um déficit, podendo necessitar de acompanhamento com: neurologistas, psiquiatras, psicólogos, pediatras, pedagogos, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta em caso de apresentar alguma mobilidade física prejudicada, dentre outros. Alguns recursos que podem ser utilizados para auxiliar nesse tratamento são a arte terapia, musicoterapia e a terapia assistida por animais.
No âmbito da psicologia e da reabilitação acredita-se que o trabalho através dos múltiplos recursos que a interação com o animal proporciona, gera ganhos psíquicos e físicos, amplia o campo de trabalho do Psicólogo, além da experiência interdisciplinar. Na década de 1960, Boris Levinson descreveu sobre o uso dos cães e seus efeitos benéficos em tratamento psicológicos, surgindo oficialmente, a Terapia Assistida por Animais (TAA) (DOTTI, 2005).
Assim, este trabalho tem como objetivo geral compreender o impacto dos animais no desenvolvimento de crianças com autismo, bem como definir e diferenciar os graus do Transtorno do Espectro Autista; Conhecer a importância dos animais no desenvolvimento infantil; Identificar os benefícios advindos dos animais para crianças com autismo.
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