ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O EQUIPAMENTO JATO DE PLASMA E O MICROAGULHAMENTO COMO TRATAMENTO DE CICATRIZES PÓS-ACNE

ESTUDO PILOTO

  • Mirella Carina do Amaral Queiroz
  • Rejane Martins Vieira
Palavras-chave: Acne, Tratamento, Microagulhamento

Resumo

Dentre as patologias de pele que acometem a população humana, a acne evidencia-se por acometer 80% da população em pelo menos uma de suas fases da vida. Sendo uma patologia multifatorial, a acne consiste na inflamação crônica do folículo pilossebáceo decorrentes de fatores genéticos e hormonais, podendo ocorrer um agravamento dos casos de ante os determinados fatores, como: alimentação inadequada, stress e medicamentos (SILVA, 2016).

     A acne e fatores relacionados são um dos problemas mais presentes em consultórios dermatológicos e clinicas de estética. Estudos mostram seu impacto, apontando uma grande incidência de transtornos de personalidade introvertida e depressão em pacientes com esta patologia (KALIL, 2015).

     Uma parte significativa dos pacientes com acnes apresentam cicatrizes permanentes (METELMANN, 2010). Estas cicatrizes podem ser classificadas como: Hipertróficas, queloidianas e Atróficas. A maior parte dos casos de cicatrizes pós-acne estão relacionadas ao tipo atrófica, este ainda podendo ser classificado em três tipos: ice-pick, rolling e boxcar, sendosuperficiais ou profundas do tipo furador de gelo, onduladas e em forma de caixas, respectivamente. Estes tipos de cicatrizes causam perda de colágeno e gordura subcutânea na derme após uma infecção (ALLGAYER, 2014).

      A remoção mecânica ou química da epiderme favorece a liberação de citosinas e a migração de células inflamatórias, o que acaba levando à substituição do tecido danificado por tecido cicatricial (BERNARDI, 2019).

     Atualmente, não existe um tratamento padrão para cicatrizes de acne. Diversas opções com resultados clínicos e complicações vêm sendo relatadas na literatura (FERREIRA, 2017). Em busca de reverter ou melhorar esta disfunção estética existe uma gama de equipamentos e terapias disponíveis. Algumas destas terapias são baseadas na TIC (Terapia de Indução de Colágeno) que busca por meio de micro agulhas lesionar o tecido formando micro canais que vão melhorar a permeação de ativos na pele e assim estimular a produção de colágeno (CUNHA, 2015).

     Uma técnica que se baseia no princípio da TIC é o microagulhamento, onde por meio de um rolo cilíndrico de micro agulhas, podendo variar sua quantidade de 192 até 1074 e comprimentos diferentes de 0,25 à 3mm e 0,1 de diâmetro, de uso descartável, tem como propósito friccionar o rolinho sobre a pele, exercendo uma série de movimentos de vai e vem em diferentes direções, promovendo micro lesões que podem provocar sangramento de acordo com o tamanho da agulha utilizada, estimulando assim a atividade de fibroblastos nos tecidos e a produção colágeno tipo I e III (PORTO,2020).

     Outra técnica que vem sendo utilizada no mercado estético é o eletrocautério, também conhecido como Jato de Plasma, indicado para tratar lesões da epiderme, onde por meio de uma descarga de energia elétrica controlada, promove uma lesão no tecido, induzindo assim o mesmo a produzir colágeno, além de reorganizar as fibras de colágeno já existente, proporcionado assim um tecido mais uniforme, de maneira segura, eficaz e não invasiva (SILVA 2018).

      Tendo em vista que o jato de plasma vem sendo utilizado no mercado para tratamento de rejuvenescimento, partindo do principio que o mesmo é um indutor de colágeno, teve-se o interesse em descrever a eficácia do mesmo no tratamento de cicatrizes pós-acne e comparar com a terapia de microagulhamento neste tratamento, trazendo assim uma nova alternativa de tratamento para esta disfunção.

         O objetivo desse estudo foi verificar a eficácia do jato de plasma e do microagulhamento no tratamento de cicatrizes decorrentes de acne na região facial, descrevendo assim a estrutura da pele, apresentando os fatores que influenciam para o desenvolvimento de cicatrizes pós-acne, relatando a eficácia do equipamento, observando assim se existe uma melhora destas cicatrizes.

Biografia do Autor

Mirella Carina do Amaral Queiroz

Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética

Rejane Martins Vieira

Docente orientador no Centro Universitário do Vale do Araguaia

Publicado
2020-11-30