AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO POR RESÍDUOS DE AVERMECTINAS EM CARCAÇAS BOVINAS NA REGIÃO DO VALE DO ARAGUAIA
Resumo
O Brasil possui uma grande extensão territorial, seu clima tropical permite a exploração de vastas áreas de pastagens, e com isso, uma pecuária de baixo custo tornando se um diferencial produtivo do país, que apresenta o segundo maior rebanho do mundo, podendo destacar então a bovinocultura de corte como uma das atividades econômicas que movimentam o agronegócio brasileiro proporcionando grande lucratividade. A fim de garantir a segurança dos alimentos de origem animal, foram criados padrões que são definidos com base nos limites máximos de resíduos (LMRs) estabelecidos pela Comissão do Codex Alimentarius que podem estar presentes nos alimentos e não oferecem risco à saúde (MUCHINSKY, 2012).
Para evitar problemas com os países importadores de carne bovina brasileira e assegurar o consumo de carnes sem resíduos, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Instrução Normativa (IN) 48 cujo objetivo é restringir o uso de avermectinas em bovinos na fase de terminação (BRASIL, 2012).
O uso indiscriminado de medicamentos veterinários pode acarretar na presença de uma quantidade de resíduos que ultrapassa os limites estabelecidos nos alimentos de origem animal, podendo então apresentar riscos ao consumidor (TARTARINE et al., 2018).
O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento proibiu o uso das avermectinas nos animais de terminação em 2014, devido a grande variedade de indústrias e marcas comerciais que utilizam estes princípios ativos, diferenciando também os períodos de carência, dosagens e vias de aplicação, o que pode provocar equívocos do produtor ou tratador quanto a respeito do período de carência (FAEP, 2012).
Disposto na Resolução RDC nº 328, de 19 de dezembro de 2019, dispõe sobre a avaliação do risco à saúde humana de medicamentos veterinários e os métodos de análise para fins de avaliação da conformidade (BRASIL, 2019).
Muitas formulações são desenvolvidas para que a absorção e eliminação sejam lentas, o que pode aumentar o tempo em que resíduos de avermectina em quantidade elevada são eliminados em produtos derivados após o tratamento (TELLES, [s.d.]).
As amostras de lotes abatidos são coletadas, o que permite a rastreabilidade da propriedade rural e procedência, neste sentido as propriedades que apresentam limites elevados de resíduos são submetidas a análises constantemente, os produtos das mesmas são retidos pelo serviço oficial até que os resultados dos próximos cinco lotes consecutivos indiquem que estão conformes (GER, 2018).
O objetivo deste trabalho é identificar e avaliar a proporção de lotes com contaminação nas carcaças bovinas por resíduos de avermectinas abatidos na planta frigorífica de Barra do Garças no período de janeiro a março de 2020.
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