CONDICIONAMENTO OSMÓTICO EM SEMENTES DE BARU

  • Jhanderson Luiz Machado da Silva
  • Claudênia Ferreira da Silva
  • Mariana Mathiesen Stival
Palavras-chave: Espécie nativa, Condicionamento fisiológico, Reflorestamento

Resumo

O baru (Dipteryx alata Vog.), árvore da família Leguminosae, propagada no Bioma cerrado, pertence ao conjunto das espécies nativas utilizadas pelos habitantes locais como meio para complementar a renda familiar. Está entre as espécies que proporciona grandes expectativas para cultivo, devido a seu uso variado, alto índice de germinação de sementes e implantação de mudas (SANO; RIBEIRO; BRITO, 2016).

Um dos principais desafios para produção de espécies florestais está associada à germinação e vigor de sementes. O uso de técnicas como o condicionamento osmótico permitem o beneficiamento fisiológico de sementes, com o intuito de aumentar a porcentagem de germinação e emergência das plantas em um período mais rápido de tempo (MISSIO et al., 2018).

O condicionamento osmótico ou técnica “seed priming’’ elaborada por Heydecker, Higgis e Gulliver (1973), ainda que no processo fisiológico seja complexo, é explicito em conceito. Possui como propósito diminuir o tempo de germinação, como também uniformizar e aprimorar a emergência das plantas recém-nascidas, expondo às sementes a um manejo de hidratação capaz de viabilizar os processos respiratórios fundamentais à germinação, no entanto insuficiente para ocasionar a protrusão da raiz primária. Ou seja, as sementes atingiriam as fases I e II da embebição, que antecedem a germinação, porém sem avançarem para a fase III, reconhecido pelo crescimento celular e protrusão radicular.

O tratamento vem sendo usado especialmente em espécies na qual as sementes exibem tamanho menores, como as produzidas na horticultura. Porém, vários estudos são mencionados por Medeiros (2019) em que algumas sementes florestais obtiveram benefícios da técnica no processo de germinação e vigor, confirmados em mutamba (BRANCALION et al., 2010), barbatimão (KISSMANN et al., 2010), aroeira (VIRGENS et al., 2012), paineira (MASETTO et al., 2014), faveira (MASETTO et al., 2014) e eucalipto (MARTINS et al., 2017). Contudo, o condicionamento osmótico em sementes de espécies florestais até o momento é limitado, sendo preciso adotar uma padronização dos procedimentos para tal técnica ser empregada a cada espécie (OLIVEIRA et al., 2020).

O presente estudo teve como objetivo avaliar a germinação e vigor das sementes de baru (Dipteryx alata Vog.), após a utilização da técnica de condicionamento osmótico

Biografia do Autor

Jhanderson Luiz Machado da Silva

Acadêmico do curso de bacharel em Agronomia do Centro Universitário do Vale do Araguaia.

Claudênia Ferreira da Silva

Professora orientadora do Centro Universitário do Vale do Araguaia

Mariana Mathiesen Stival

Professora colaboradora do Centro Universitário do Vale do Araguaia

Publicado
2020-11-27